segunda-feira, 16 de maio de 2011

O que ser quando crescer?


Em meio às rasas opções de boa programação na TV aberta brasileira, me peguei algumas vezes assistindo a alguns capítulos de novelas, como Bela a Feia (isso um há tempinho), TI-TI-TI e algumas cenas de Insensato Coração.
Porque falar disso agora?
Porque em tudo gosto de perceber as intenções que tem por trás das ações. O país é moldado, de certa forma, pela cultura midiática (e vice-versa). É um ciclo, fato! Mas não é bem esse o assunto.
Conversando com alguns colegas, me deparei com uma situação no meio juvenil que há tempos observava, porém não comentava: a dificuldade na escolha da profissão. Existem vários estudos a respeito, mas serei um tanto informal em expor minha opinião e não me prolongarei com teses e resultados científicos.
Se repararmos no quadro das grandes faculdades e universidades, podemos notar uma considerável procura por cursos mais populares e de certa forma mais “fáceis” de conseguir vaga no tão temeroso Mercado de Trabalho. É fácil perceber a demanda por cursos como Administração de Empresas, Direito, Ciências Contábeis, Pedagogia ou algum que seja fácil e não exija tanto do aluno. E não vou comentar sobre os cursos técnicos e tecnológicos. Não desmerecendo estes, claro. Esse seria outro assunto amplo e dispendioso.
Mas porque os jovens procuram tanto cursos que são tão comuns? Porque não buscam novas alternativas. Seria falta de opção ou de informação?
Como sou puxa-saco e amante assumida da comunicação, quero comentar um pouco da minha área, claro.
Percebi recentemente que a mídia tem evidenciado novos ambientes de trabalho em suas programações.  Não são mais apenas grandes empresas e multinacionais, fazendeiros ricos, médicos, pediatras e engenheiros, como antes faziam. Entram no cenário as glamorosas agências de propaganda, revistas e até jornais. Particularmente, gosto da idéia. Apesar dos ambientes serem maquiados e não mostrarem de fato como são, é de grande valia despertar interesse e curiosidade nos jovens que não sabem pra onde vão e o que pretendem "ser quando crescer".
E não são somente nas novelas que encontramos esses cenários. Lembrando de alguns filmes de comédia romântica, vi que muitos usam da profissão de publicitário ou comunicador em suas tramas. Inclusive uma trama recente, “De pernas pro ar”, com uma perfeita atuação hilária de Ingrid Guimarães, abordou a atuação de uma profissional em Marketing, um dos leques da comunicação e que pode ser uma profissão rentável e de certa forma divertida.
O que importa é nos identificar com algo que nos traga satisfação.
Nem precisamos de pesquisas para entender que passamos mais de 1/3 de nossas vidas trabalhando. Ou seja, nosso trabalho tem que ser algo, além de rentável, prazeroso, não é mesmo?
E não adianta vir com conversa de que trabalha só por amor à profissão. Ninguém trabalha somente por que gosta de trabalhar. É um mote, mas não o centro. Temos que ganhar grana, bufunfa, dindin, pra satisfazer nossas necessidades básicas e vaidades. Temos necessidade de crescer, de ganhar mais, de gastar mais. A mídia nos faz assim, nossa cultura nos faz assim. Então, vamos unir o útil ao agradável.
Comunique-se e divirta-se. 

Bom, vou parar por aqui, depois escrevo um pouco mais dos meus devaneios. 
Boa semana a todos.


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